sábado, março 22, 2008

Fim da caçada



Texto: Priscila Silva Foto: Emsergipe.com

Após uma semana buscando o menor infrator mais procurado pela justiça sergipana, Cleverton Santos Reis, 17, mais conhecido como "Pipita" que aterrorizava o estado de Sergipe, foi capturado e morto nesta madrugada,22. Ele que junto com seu comparsa espalhou terror pelo interior do estado mostrando seu lado frio de agir. Com uma extensa ficha criminal envolvendo homicídios, sequestros e estupros, deixou a população apreensiva. A rotina dos moradores de Tomar do Geru teve que seguir os "comandos" do menor, alterando até mesmo as aulas nos colégios. A polícia finalmente o encontrou em uma fazenda localizada no povoado Campo Grande, extremo sul de Tomar do Geru, já na divisa com a Bahia. Pipita invadiu uma casa na fazenda e foi surpreendido pelo caseiro, que lhe aplicou dois golpes de foice, um no pulso direito e outro da cabeça. Mesmo ferido tentou fugir numa bicicleta e se deparou com o cerco policial, resistindo à prisão, reagiu e durante a troca de tiros acabou sendo alvejado três vezes no tórax. Foi conduzido pelos policiais ao hospital mais próximo, mas não resistindo aos ferimentos, veio a falecer no caminho. O corpo encontra-se no IML da capital.
O comparsa de Pipita, Gago, conseguiu fugir e agora está sendo procurado pela polícia local.

terça-feira, março 18, 2008

Policiais reclamam de baixos salários



Texto: Priscila Silva Foto: Priscila Silva

Priscila Silva

Mal começou a sexta-feira, 7, em Aracaju e as ocorrências policiais já estão a todo vapor. 13 viaturas da Rádio Patrulha, circulam pela capital e municípios vizinhos à procura de ações suspeitas, tentando manter a segurança dos moradores. Ser policial é trabalhar com a incerteza do cotidiano, onde o risco de morrer é diário. A RP é destaque em apreensão de armas de fogo e captura de traficantes no Estado de Sergipe, prova de que o trabalho é efetivado, deixando a população satisfeita e acima de tudo segura, mas a própria polícia não está satisfeita quando a questão é sobre o salário que recebem. “Com um salário de R$1070,00, comparado aos riscos que sofremos em cada operação é considerado baixo. Ficamos muitas vezes sem motivação alguma para trabalhar. Trabalho na RP porque honro a minha farda”, diz o policial Deivid de Souza. Os policias da RP alegam que o Batalhão de Choque cumpre as mesmas operações e correm os mesmos riscos, porém com diferença salarial. “Trabalhamos muito e recebemos quase nada. Muitas vezes o nosso trabalho é o dobro de outras subunidades da PM, como é o caso do Batalhão de Choque que recebe cerca de R$400,00 a mais do que nós”, reclama o policial militar José Augusto*.

Realidade

Pela manhã começa o trabalho, mas é a partir das 17h30 quando o sol se põe que as ocorrências aparecem. Mesmo com a criminalidade presente diariamente, os policiais evitam a utilização excessiva da violência, preferindo trabalhar o psicológico. “Tentamos evitar o máximo a utilização da violência. Quando notamos que o individuo está passando por uma crise familiar e não tem estrutura emocional alguma, conversamos e quando possível damos conselhos”, explica o sargento Gardel comandante da Guarnição “Leão 28”. O rádio-escuta não pára e a viatura policial tem que estar presente no local o mais rápido possível. “A alta velocidade é uma característica nossa, quando nos chamam precisamos chegar a tempo”, diz o pm que dirige a viatura Willanês dos Santos.
As viaturas por sempre estarem sendo utilizadas, já estão desgastadas. Buracos de bala, porta empenada, manivela com defeito, retrovisores danificados e bancos soltos são características do interior de uma viatura policial. “O carro é essencial para a RP sem ele não poderíamos chegar ao local da ocorrência de imediato. Deve ter mais ou menos um ano em que o carro não visita a oficina”, diz Willanes.